Amazonas

Mulheres vítimas de violência doméstica cadastradas pela Sejusc recebem atendimento remoto e domiciliar

Os serviços realizados pelo Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher (Cream), da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), passaram a contar com atendimentos remotos e domiciliares executados por assistentes sociais e psicólogos para as mulheres cadastradas pela pasta. A medida atende ao Decreto nº 43.340, de 29 de janeiro deste ano, que mantém a restrição de circulação de pessoas nas ruas.

Realizado pela Secretaria Executiva de Políticas para Mulheres (SEPM), o Cream presta serviço de referência no qual é realizado o acompanhamento social e psicológico de mulheres em situação de violência doméstica e familiar, com o objetivo de promover o resgate da autoestima e da autonomia.

De acordo com a titular da Sejusc, secretária Mirtes Salles, com o isolamento social causado pela pandemia da Covid-19, houve um aumento considerável no número de casos de violência contra a mulher.

“Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos apontam um aumento de 36% de denúncias de violações aos direitos e à integridade das mulheres em 2020, em comparação ao ano anterior. Com o isolamento, a mulher fica 24h trancada em casa com seu agressor, e ela precisa desse acompanhamento. Estamos nos deslocando e fazendo esses atendimentos em casa. Ou seja, essa mulher está tendo toda a assistência possível da Sejusc”, afirma.

A secretária executiva de Políticas para Mulheres, Ana Barroncas, destaca que o serviço precisou se adaptar ao novo cenário da sociedade atual. “Como nossos serviços são essenciais, o Cream continua realizando os serviços de atendimento à mulher. Nosso foco, atualmente, é prestar os acompanhamentos através de videochamadas e de visitas domiciliares, em situações mais delicadas, que estão precisando dessa visita presencial. É dessa forma que nós atuamos sem deixar de garantir os direitos às mulheres”, conta.

Atendimentos – A coordenadora do Cream, Giselle Postal, destaca que o Cream realiza o acompanhamento das assistidas de forma remota com intervenção psicológica, jurídica e pedagógica, por exemplo.

“Já o atendimento presencial ocorre somente através das visitas domiciliares. São aquelas mulheres que fazem as denúncias com registro de ocorrência na Delegacia Interativa de Polícia (DIP), ou as que vêm encaminhadas das varas especializadas e que nós inserimos nas redes de atendimento, ou nos casos em que percebemos que necessitam de intervenção presencial”, reforça.

Além do Cream, a Sejusc mantém o Serviço de Apoio Emergencial à Mulher (Sapem) que é a porta de entrada dos serviços, com atendimento social, psicológico e jurídico, condução de vítimas ao Instituto Médico Legal (IML), busca de pertences e acolhimento provisório.

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