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Principal compromisso de Roberto Cidade na Saúde, UPAs 24 horas vão desafogar atendimento de urgência e emergência

Serão 12 unidades com consultas, remédios e exames num só lugar, ajudando a reduzir filas nos hospitais e agilizando atendimento de casos menos graves

Manaus, uma metrópole de 2 milhões de habitantes, não tem nenhuma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou Serviço de Pronto Atendimento (SPA), os chamados prontos-socorros, administrados pela Prefeitura. Todas as unidades do tipo que existem hoje na capital do Amazonas, duas UPAs e oito SPAs, são de responsabilidade do Governo do Estado.

Este cenário inexplicável reflete o desrespeito da atual gestão municipal com cerca de 80% da população, principalmente pessoas de baixa renda e moradoras dos bairros mais afastados, que dependem exclusivamente da rede pública de saúde. É nesse contexto que Roberto Cidade, pré-candidato à Prefeitura de Manaus pelo União Brasil, assume o compromisso de colocar em funcionamento 12 UPAs 24 horas em todas as regiões de Manaus.

Serão quatro na Zona Norte (Nova Cidade, Terra Nova, Monte das Oliveiras e Cidade Nova), duas na Zona Leste (Gilberto Mestrinho e Jorge Teixeira), três na Zona Sul (Morro da Liberdade, Petrópolis e Cachoeirinha), uma na Zona Oeste (Compensa), uma na Zona Centro Oeste (Alvorada) e uma na Zona Centro Sul (Parque Dez). Todas as unidades terão consultas, remédios e exames num só lugar, ajudando a reduzir filas nos hospitais e a espera por exames.

Em média, 70% dos atendimentos de emergência em Manaus são de pacientes sem gravidade, que poderiam ser encaminhados para essas unidades municipais – se elas existissem. Foi o caso de 127 mil pacientes que, de janeiro a julho deste ano, buscaram atendimento nos hospitais 28 de Agosto, João Lúcio e Platão Bezerra (para adultos); e aos hospitais infantis das Zonas Leste, Sul e Oeste, segundo o mais recente balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (SES-AM). Todas essas unidades, é importante reforçar, são geridas pelo Estado.

“Isso explica a sobrecarga nas unidades estaduais, por conta da ineficiência da gestão municipal, que não assume suas responsabilidades na saúde. Qualquer capital do porte de Manaus tem UPA municipal, gerida pela Prefeitura. Se não tem aqui, é porque o prefeito não quis resolver. Pois eu assumo esse compromisso com a população de Manaus”, comenta Roberto Cidade.

O balanço da SES-AM também aponta que casos como dor de garganta e de estômago, gripe e resfriado, pequenas suturas e medicação injetável, controle da pressão arterial e da glicemia, que deveriam ser tratadas e acompanhadas nas unidades básicas, acabam sendo atendidos em hospitais. No caso dos exames, alguns pacientes esperam há meses por autorização e marcação.

O aposentado O.A., 62 anos, ainda não tem diagnóstico para o inchaço e as dores que sente nos braços. “Estou esperando vaga para raio-X e ultrassom, mas não consegui. Venho aqui direto para ver se já foi autorizado. Mas, até agora, nada. E quando eles autorizam, a gente tem que ir fazer noutro lugar”, conta ele, usuário da UBS Sálvio Belota, no Santa Etelvina.

No mesmo local, a dona de casa J.O., 28, grávida de sete meses, disse que está fazendo o pré-natal na UBS Lago Azul, no extremo norte da cidade, mas desistiu de esperar pelo ultrassom na rede pública. “Demora muito. Se fosse uma gravidez de alto risco, já tinha morrido eu e meu filho. Aqui também não tem o exame, então eu desisti e resolvi fazer no particular. Já fiz três ultrassons pagando do meu bolso”, disse ela.

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