Porto Chibatão lidera iniciativa para minimizar impactos da seca nos rios amazônicos
Na terça-feira (02), o Porto Chibatão sediou uma reunião crucial para o comércio, indústria e navegação do Amazonas e Zona Franca de Manaus (ZFM). A dragagem na região do Tabocal e Enseada do Madeira foi o ponto principal da reunião com Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e autoridades locais da navegação, comércio e indústria.
Participaram da reunião, os representantes do DNIT, Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Centro das Indústrias do Amazonas (Cieam), Marinha do Brasil, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Manaus Pilots e Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia (Proa).
Em uma resposta antecipada aos graves prejuízos causados pela histórica seca dos rios amazônicos em 2023, o foco da discussão foi a implementação de medidas preventivas de dragagem na região do Tabocal e Enseada do Madeira.
Liderando esse esforço inovador, o Porto Chibatão busca alinhar ações proativas visando mitigar os impactos futuros e garantir a sustentabilidade da navegação nessa vital via fluvial.
A necessidade de antecipação da dragagem nos dois locais, diante de uma nova estiagem, foi pontuada pelo diretor do Porto Chibatão, Jhony Fidelis foi apresentada ao representante do DNIT, André Martins.
“Existe uma análise em curso sendo feita pela Marinha que, será concluída na primeira quinzena de abril, mas que já nos sinaliza que a seca na região do Tabocal e Enseada do Madeira nos demanda ações antecipadas, de modo que não prejudiquem a navegação e a distribuição de insumos para o nosso Estado”, explicou Fidelis.
De acordo com informações apresentadas por João Gilberto, especialista em praticagem, o nível do rio no município de Itacoatiara, em 02 de abril de 2023 registrou 12,36 metros, e hoje, 2 de abril em 2024, está em 10,32 metros, ou seja, o rio está em 2 metros abaixo do volume de água, comparado a 2023.
O titular da Sedecti, Serafim Corrêa também registrou preocupação, ao lembrar que, se a seca deste ano for mais severa que a de 2023, onde refletiu prejuízo de R$ 1 bilhão na arrecadação do estado em 2023, será devastador para a economia.