Câncer infantil: sintomas não devem ser ignorados
O dia 15 de fevereiro é marcado como a data mundial de conscientização do câncer infantojuvenil, um grupo de várias doenças que pode ocorrer em qualquer local do organismo por conta da proliferação descontrolada de células anormais.
E é importante que pais e/ou responsáveis fiquem atentos aos sintomas: palidez, dor óssea, hematomas, caroços, inchaços, dores de cabeça ou nos membros, alterações oculares, febre persistente, náuseas, sudorese noturna, mudanças de visão, cor esbranquiçada atrás da pupila, e perda de peso repentina.
“As chances de cura ficam em torno de 85%, quando o câncer é identificado nos estágios iniciais e tratado em centros especializados”, revela o prof. Dr. Vicente Odone Filho, oncopediatra e diretor clínico do Instituto de Tratamento do Câncer Infantil – ITACI.
Segundo o especialista, os tumores mais comuns são as leucemias, que afetam os glóbulos brancos, os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). “Merece atenção o neuroblastoma, um tipo de câncer que ataca as células do sistema nervoso periférico, que se localizam no abdômen; o tumor de Wilms (renal); o retinoblastoma (ocular); o germinativo (das células que criam os ovários ou os testículos); o osteossarcoma (ossos); e os sarcomas (acometem as partes moles)”, enumera o oncopediatra.
A enfermidade representa a principal causa de morte (8% do total) entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos no Brasil, por isso, a importância da data para a conscientização do diagnóstico precoce. “Ao observar os sintomas, procurar o médico para diagnóstico e começar o tratamento. Na fase inicial da doença, as chances de cura, além de serem maiores, levam o paciente a uma melhor qualidade de vida em comparação com o diagnóstico em estágio avançado”, conclui Vicente Odone.
Sobre o ITACI – Instituto de Tratamento do Câncer Infantil
Construído a partir de uma parceria entre a Fundação Criança, Ação Solidária Contra o Câncer Infantil (ASCCI) e a Fundação Oncocentro de São Paulo, o ITACI é um hospital público que iniciou suas atividades em 2002 e oferece tratamento a crianças e adolescentes, portadores de câncer e outras doenças hematológicas ou raras, de 0 a 18 anos. Atuante na área de oncologia pediátrica no Brasil, realizou em seu ambulatório, em 2023, mais de 28 mil consultas médicas e multiprofissionais, cerca de 5 mil sessões de quimioterapia e 20 transplantes, entre eles, autólogo, alogênico aparentado e alogênico não aparentado. Entre as especialidades atendidas, leucemias, linfomas, neuroblastomas, sarcomas das partes moles, retinoblastomas, doenças hematológicas não oncológicas e tumores sólidos (do sistema nervoso central, renais, hepáticos, ósseos, e das células germinativas).