Deputado Dermilson Chagas destina R$ 50 mil para pesquisa da Ufam em Unidade de Conservação Permanente
Pesquisa coordenada pelo professor-doutor Carlos Victor Lamarão Pereira, da Faculdade de Ciências Agrárias, pretende fazer levantamento de potencial agroflorestal com uso de ferramenta de bioprospecção
O deputado Dermilson Chagas (Republicanos) destinou, neste ano, uma emenda no valor de R$ 50 mil para subsidiar o desenvolvimento dos estudos do uso de ferramenta de bioprospecção para o levantamento de potencial agroflorestal em Unidades de Conservação do Amazonas. A pesquisa será conduzida pelo professor-doutor Carlos Victor Lamarão Pereira, diretor da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
A biodiversidade da Amazônia tem sido objeto inesgotável de interesse econômico, sobretudo, internacional. Por conta disso, cientistas têm realizado há anos estudos que proporcionem à região, conservação e seu uso sustentável, com seus recursos biológicos e genéticos, enfatizando a preservação humano cultural.
“A destinação de emendas por um parlamentar para a realização de pesquisas é de grande importância, porque os resultados desses estudos trarão novos conhecimentos que poderão ser aproveitados para beneficiar a população. Tenho o papel de observar as carências e os potenciais de desenvolvimento no Amazonas a fim de destinar recursos. Por isso, destinei R$ 50 mil para essa pesquisa coordenada pelo professor Carlos Victor, que visa fazer levantamento do potencial agroflorestal das nossas Unidades de Conservação”, comentou o deputado Dermilson Chagas.
Potencial
A pesquisa para a qual o deputado estadual Dermilson Chagas destinou a emenda tem por objetivo pesquisar as potencialidades em materiais genéticos vegetais. Apesar desse foco, o pesquisador Carlos Victor Lamarão Pereira acredita que a pesquisa possa ir também para o campo da potencialidade em materiais genéticos animais.
“O nosso foco é o extrativismo vegetal. É possível que a gente possa verificar uma ou outra potencialidade na área animal. A gente sabe que a Amazônia, devido à grandiosidade como ela se apresenta, nem tudo o que ela pode gerar ainda não foi pesquisado. Porque quando a gente fala em bioprospecção, essa pesquisa pelas potencialidades não é apenas uma pesquisa por pesquisa. Essas espécies vegetais possuem potencialidades, tanto do ponto de vista tecnológico, quanto para produtos do mercado consumidor”, destacou o professor.
Alternativa econômica
Antes mesmo de iniciar a pesquisa, o professor Carlos Victor Lamarão Pereira viu no assunto um potencial econômico para o Estado e, também, uma fonte de renda para pessoas no interior. Segundo o pesquisador, a bioprospecção em unidades de conservação pode fazer com que pessoas consigam gerar renda nos municípios do Estado.
“Nós, que estamos sempre nos municípios do interior com a pesquisa, vemos que os jovens desses locais não querem ficar lá. Eles querem vir para a cidade, querem trabalhar na Zona Franca. Isso é só um exemplo do comportamento socioeconômico. Manaus não consegue absorver todo esse contingente. E isso faz com que o trânsito fique inflamado, faz com que os meios de transporte não deem conta de absorver toda essa demanda, não tem emprego para todo mundo e a violência aumenta. Esse tipo de projeto, assim como tantos outros, pode levar justamente esse tipo de oportunidade com novos produtos, potenciais tecnológicos e, assim, desenvolver suas ferramentas da agricultura e pecuária, fazendo com que os municípios do Amazonas cresçam”, analisou o pesquisador.
Mais investimentos em pesquisas
Esta é apenas uma das emendas propostas pelo deputado Dermilson Chagas para pesquisas feitas no Amazonas. Ao todo, o deputado Dermilson Chagas destinou somente neste ano um total de R$ 899.950,00 (oitocentos e noventa e nove mil, novecentos e cinquenta reais) em pesquisas financiadas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).