Avião espacial secreto pode ter sido lançado pela China em teste
No último dia 5 de agosto a Administração Espacial Chinesa fez um lançamento bastante misterioso. Um foguete Longa Marcha 2F decolou do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan em sua 18ª missão. No entanto, ninguém sabe qual espaçonave acompanhou o módulo ou o que estava dentro dela. A suspeita é de que seja um tipo de avião espacial.
Segundo a mídia estatal Xinhua, a espaçonave não detalhada foi lançada como um teste e vai permanecer em órbita por um período não especificado. De acordo com o curto comunicado, os testes devem envolver principalmente o sistema de reutilização da tecnologia.
“A espaçonave de teste estará em órbita por um período de tempo antes de retornar ao local de pouso programado na China, durante o qual a verificação da tecnologia de serviço reutilizável e em órbita será realizada conforme planejado para fornecer suporte técnico para o uso pacífico do espaço”, diz a nota.
Também não é possível saber se esse é o primeiro teste da espaçonave reutilizável. Esse foguete normalmente é usado em missões tripuladas para a estação espacial Tiangong. No entanto, dessa vez é provável que a nave não esteja carregando astronautas.
Avião espacial da China?
De acordo com o SpaceNews, a principal suspeita é de que o lançamento tenha como objetivo testar um avião espacial. Os primeiros testes teriam começado ainda em julho do ano passado. Na época foi informado que o modelo contava com um sistema de decolagem vertical e pouso horizontal.
Essa descrição seria compatível com um avião espacial. “O desenvolvimento chinês da tecnologia de aviões espaciais será notável se eles conseguirem superar os problemas que o Dyna-Soar e o ônibus espacial enfrentaram, e os desafios que a nave espacial da SpaceX está enfrentando agora também”, disse o especialista em política espacial Bleddyn Bowen, da Universidade de Leicester, à SpaceNews. .
“Devemos ver o desenvolvimento de aviões espaciais como parte dos investimentos mais amplos da China em todos os tipos de tecnologias espaciais, civis e militares, e não como algo exclusivamente ameaçador ou certo de ter sucesso onde outros falharam”, completou.