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PIB deve retrair 0,6 ponto percentual no segundo trimestre

A queda deve ser influenciada pelo baixo crescimento do agro no segundo trimestre e o crescimento do PIB deve ser revisado para 1,3%

A previsão do Produto Interno Bruto (PIB) teve retração para o segundo trimestre de 2023. A queda de 0,6 ponto percentual (p.p) leva a previsão do PIB para o patamar de 1,3% no ano. 

A queda é influenciada principalmente pelo menor crescimento do agronegócio, sobretudo da soja, que foi grande responsável pelo crescimento do PIB acima do esperado no primeiro trimestre de 2023.  O grande impulso ocorrido no PIB do primeiro trimestre pela soja não deve se repetir. 

O bom desempenho do primeiro trimestre do PIB acontece em vista de um setor pouco sensível à taxa de juros. O agronegócio manteve seu desempenho frente à política monetária contracionista, ou seja aos juros altos. 

O agronegócio não sofreu restrições e aproveitou o potencial dado pela supersafra.

Este setor correspondeu a 1,7 ponto percentual do crescimento de 1,9% registrado no trimestre em relação ao trimestre anterior. Já o crescimento de 0,2 p.p do setor de serviços é negativamente afetado pelo aperto da Selic, a taxa de juros básica da economia. 

Com grande parte do impulso do agro saindo de cena, já que a colheita da soja se concentra no primeiro trimestre do ano, os dados do segundo trimestre ainda apontam para uma desaceleração, com o setor de serviços, a indústria e o varejo ampliado — mais intensivo em crédito —  registrando contração em abril.

Espera-se retração dos serviços (-0,7%), da indústria extrativa e de eletricidade. 

Além disso, para um menor crescimento do PIB no segundo trimestre, destaca-se o baixo desempenho do consumo das famílias e a contração do investimento.

Há, ainda, elevado grau de incerteza da economia.

A inflação, os juros altos e a desaceleração no mercado de trabalho devem prejudicar o crescimento do setor este ano, segundo especialistas da FGV.

A indústria deve registrar crescimento de 0,5%. 

Nos serviços, há expansão de 0,6%, contra 4,2% registrados em 2022, ano de recuperação dos efeitos da pandemia.

As estatísticas são divulgadas pela Fundação Getúlio Vargas, a FGV. 
 

Fonte: Brasil 61

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