Famílias em Manaus consomem uma média de 500 litros de água por dia. Água distribuída na capital do Amazonas passa por mais de 300 mil testes de qualidade no ano
Dados sobre o abastecimento de água na cidade foram disponibilizados em relatório resumido entregue para a população nas últimas semanas
Manaus é uma cidade cercada de água e que está localizada na maior bacia hidrográfica do planeta. No entanto, para se tornar própria para o consumo humano, a água do rio Negro precisa passar por um processo de tratamento que requer cuidados específicos. É um trabalho que acontece 24h por dia na cidade e que garante que o líquido chegue até as torneiras da população atendendo todos os padrões de qualidade.
Nas últimas semanas, a população recebeu um documento que apresenta dados sobre o abastecimento e que comprova que a água produzida nas Estações de Tratamento da capital segue a todos os padrões exigidos pelo Ministério da Saúde: o relatório anual de qualidade da água. O documento está sendo entregue nas residências de todos os clientes da Águas de Manaus junto com as faturas do mês.
De acordo com o relatório da Qualidade da Água, em 2021, foram distribuídos 266 bilhões de litros de água tratada (728,7 milhões de litros de água por dia) em Manaus. Em média, cada família da cidade consome, em média, 500 litros de água por dia.
Para garantir que todo o volume de água consumido na cidade esteja potável para o consumo humano, a empresa tem um rígido processo de controle de qualidade. Centenas de testes em amostras de água são realizados diariamente. Em 2021, foram feitas, em média, 830 análises de água por dia, totalizando mais de 300 mil testes durante o ano.
MONITORAMENTO 24H – A Águas de Manaus possui, atualmente, cerca de 600 pontos de coleta distribuídos por todas as zonas da capital. Todos os dias, equipes da empresa percorrem uma rota com esses pontos, realizando análises na água e coletando amostras que são enviados para testes em laboratório. Nas análises da água realizadas diariamente, são avaliados itens como turbidez, cloro livre, cor aparente, coliformes totais, presença de metais, presença de microorganismos de origem animal, que são indicadores de possíveis contaminantes causadores de doenças de veiculação hídrica (diarreia, amebíase, cólera).
Além do laboratório próprio, na Ponta do Ismael, a Águas de Manaus utiliza laboratórios externos nas análises de sua água. Os processos obedecem aos padrões nacionais pré-definidos pelo Ministério de Saúde, que possibilitam a distribuição de uma água perfeita para o consumo e atividades diárias. “O objetivo do relatório anual é dar transparência aos dados e reforçar o trabalho que a Águas de Manaus realiza para manter a qualidade da água na cidade. Temos um processo rigoroso, onde laboratoristas analisam a água durante as diversas etapas de produção. Estas informações sobre a qualidade da nossa água são disponibilizadas mensalmente nas faturas e para os órgãos que regulam o nosso serviço, como a Ageman e o Ministério da Saúde”, reforça Eduardo Kale, Coordenador de Produção e Tratamento de água da concessionária.
ESTRUTURA– Ao todo, o sistema de produção de água em Manaus é composto por quatro estações de tratamento de água (ETA´s): duas localizadas na Ponta do Ismael, na Compensa, uma localizada no bairro Mauazinho e uma localizada na Ponta das Lajes, no bairro Colônia Antônio Aleixo. Além disso, mais 52 Centros de Produção de Águas Subterrâneas (CPAs) complementam o sistema de abastecimento de água da capital.
Além de obedecer a todos os padrões do Ministério da Saúde, para ser considerada potável, uma água precisa passar por diversos processos, como por exemplo, a desinfecção. Isso não ocorre com a água vinda diretamente de poços artesianos e é um diferencial no líquido produzido pela Águas de Manaus.
O processo de captação da água distribuída pela empresa é feito por equipamentos de bombeamento, que coletam água do rio Negro. Durante os procedimentos para tratamento, são adicionados produtos químicos como cal, sulfato de alumínio, polímeros e hipoclorito de sódio, que removem as impurezas, bactérias e toda a matéria orgânica que faz a água do rio Negro ser escura. No fim do processo, ainda acontece a adição de cloro e de flúor, no processo chamado fluoretação. Isso garante que a água produzida pela concessionária auxilie no combate às cáries dentárias. A partir disso, a água passa por uma estrutura de mais de 3.600 quilômetros de tubulações de água e 200 reservatórios, atendendo a todas as zonas de Manaus.