Sistemas de informação da Semsa são apresentados como referência em reunião da OPAS
O Sistema Municipal de Vacinação (SMV) e mais dois sistemas de informação utilizados pela Prefeitura de Manaus para registro e monitoramento de dados sobre a Covid-19 na capital estão sendo apresentados como referência de sucesso para outros municípios brasileiros. Os sistemas foram apresentados pelo diretor do Departamento de Tecnologia de Informação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Mário Torres, nesta quinta-feira, 11/3, em Campo Grande (MS), durante reunião técnica promovida pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), instituição ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS).
O conjunto de sistemas, desenvolvidos pela equipe de Tecnologia da Informação da Semsa, permitem o registro e monitoramento dos dados sobre a Covid-19 e estão sendo usados, desde o mês de fevereiro, como base para uma pesquisa de cooperação internacional, apoiada pela Opas, com o objetivo de avaliar a eficácia das vacinas já utilizadas na imunização contra a Covid-19 de grupos prioritários em Manaus.
Mário Torres explica que Manaus foi escolhida para a realização da pesquisa, porque os sistemas de informação da secretaria foram considerados robustos, com acesso e integração a diversos bancos nacionais, o que permite respostas rápidas ao tipo de avaliação científica proposta. Além disso, os pesquisadores consideraram o fato de que a capital é a mais avançada na vacinação na etapa inicial da campanha no Brasil.
Para o prefeito David Almeida, o reconhecimento da Opas à qualidade dos sistemas de informação utilizados pelo município para o registro de dados da Covid-19, inclusive os de vacinação, é resultado do compromisso da gestão em usar a tecnologia a favor da segurança e da transparência no cuidado da população. “Estamos honrados com a oportunidade de apresentar nossas ferramentas de trabalho e com a possibilidade de compartilhar as boas práticas no registro e análise de dados sobre o novo coronavírus”, destacou.
Resposta
Na pesquisa sobre a efetividade dos imunizantes, inédita no Brasil, estão sendo cruzadas aproximadamente 300 variáveis a partir dos três sistemas da Semsa, somados a outros do Ministério da Saúde (MS) e da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), para indicar o quanto a vacina evitou o adoecimento dos vacinados e, no caso dos infectados após a imunização, se os sintomas foram graves ou não, se houve necessidade de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o perfil dos infectados e outras informações úteis para nortear os campos da pesquisa e da assistência.
Por meio do cruzamento eletrônicos de dados, os pesquisadores avaliam informações sociodemográficas (sexo, idade e outros elementos relacionados ao indivíduo) e epidemiológicas, relacionadas a informações clínicas e laboratoriais, como resultados de testes de diagnóstico, internações e sintomas de doenças. Inicialmente, integram o universo de pessoas avaliadas anonimamente os 67 mil trabalhadores da saúde, vacinados e não vacinados, cadastrados como profissionais que atuam nas redes de saúde pública e privada de Manaus. Os trabalhadores da saúde integram o primeiro grupo prioritário contemplado na campanha nacional de imunização.
Além da equipe de Tecnologia de Informação da Semsa, o estudo integra pesquisadores da Universidade de Brasília (UNB), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e da FVS-AM.